quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Da mesma forma que Coco, quis ser livre.

Hoje fui assistir "Coco avant Chanel" e assisti a uma história em paralelo. Histórias diferentes, mas que me levaram a uma mesma reflexão. Antes de entrar na sala encontrei dois garotos, os mesmos que encontrei um outro dia, no mesmo cinema, dessa vez assistiram ao mesmo filme que eu. De início até brinquei com um amigo sobre a possibilidade de serem um casal, depois pude aferir minha especulação. Durante o filme, desceram para a primeira fileira de cadeiras da sala e depois de alguns minutos começaram a fisicalizar o namoro.
Ao mesmo tempo em que via Audrey Tatou nos presentear com a revolução dos ideais femininos, com a sutileza com que só as mulheres sabem revolucionar, me emocionava a presenciar o oásis de um amor proibido. Aparentando cerca de dezesseis ou dezessete anos, o que os impedem de adentrar a um motel e diante da intolerância que nos cerca, só "no escurinho do cinema" seria possível realizar o "amor bandido". Me senti tolhido, ao me imaginar em situação análoga, ou melhor, a relembrar visto que vivo a mesma limitação. Da mesma forma que Coco, quis ser livre.

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