segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Mais uma vez estou eu caminhando pelo trilho certo com a sensação de que estou perdido. Os dias estão contados, o destino é certo, mas esse maldito apego não me abandona. O medo do novo amalgamado com a saudade do que não aconteceu me perturba. Os lábios que beijei por poucos momentos e queria por toda vida, as carícias compartilhadas, pessoas que me tiveram por minutos, dias e poderiam ter pela eternidade se quisessem, me fazem hesitar. Pela eternidade? Só se fosse “infinito enquanto dure”. Estou certo de que dei o meu melhor, sem medo do que pensassem ou de quanto ridículo eu fosse. Se errei, somente fui eu mesmo, de verdade, como há muito queria ter sido. Que bom errar! Agora estou livre para o acerto. Salvador, eu te amo, mas te deixo por agora. Vou procurar conforto nos braços do desconhecido. O medo é grande, mas a vontade de ser feliz supera.

domingo, 12 de maio de 2013

“Diz quanto custa o seu sorriso/ Diz quanto custa o seu amor/ Faço o que for preciso/ Faço tudo que preciso for” Tanto amor, tanta paixão, tantas pessoas em tão pouco tempo. Tantas relações. Das mais diversas: amigos, amantes, ficantes, flertantes e almas gêmeas (essas não poderiam faltar). Andréa que chega, Mônica que volta, Paulo que reencontra, Felipe que me vira de ponta-a-cabeça, Messys que me encanta, Fulanos e Cicranos que me distraem, Caio que me arrebata e Rafael que me toca, fundo. Tantas mãos e olhares que me levam a um único lugar: a mim mesmo. O desejo de mudança é grande e a necessidade maior ainda. A cidade já não satisfaz, a cama já não esquenta, o sorriso não brilha mais e a poesia que brota nos lábios do amante apodrece sem ser colhida. O que me resta, por enquanto? O mar, a música! Eles me consolam e eu já não me sinto só... ou sinto. Sinto-me cheio de amor e de água. Enquanto o amor não chega, derramo um pouco da água para não me afogar. “O que você quiser tem em mim...”

quarta-feira, 6 de julho de 2011

história ás avessas

Nasci no momento mais pobre de minha família, quando o leite precisava ser importado da Holanda, até hoje me pergunto se só por coincidência. Adentrei na escola e precisei ter as melhores notas pra que os colegas e professores me notassem, pois todas as outras tentativas foram em vão. Parecia que o mundo tentava aos poucos me explicar que o Peu de casa, o Teco da tia e o Dandinho da vovó não lhe interessava, se fosse pra simples sê-lo, antes não nascesse.
Os anos se passavam e os aniversários nunca tinham a festa desejada, nem os presentes que as outras crianças recebiam. Nem mesmo dividindo a mesma festa, mesmo bolo e mesmos convidados consegui me igualar com outra criança. Os presentes na mesa pendiam para um lado, o da outra criança. Imaginava que os convidados tivessem que escolher entre que criança presentear e, por coincidência, o escolhido era o outro. Um único convidado não poderia fazer outra escolha, a tia-mãe, que tinha todo o espaço de presentes para o shortinho azul com que havia me presenteado... tão amado shortinho. Os anos continuaram passando, as histórias se repetindo, cada vez mais parecidas, e era uma criança feliz que protagonizava tudo, não sofria com os fatos, apenas queria vivê-los como as outras crianças.
As festas infantis ficaram pra trás, o líder escolar continuava. Não me preocupava em estar em destaque, nem era essa a minha meta, mas entre ser um nada e um notável, quem faria diferente escolha?
Tudo parecia sob controle entre os estudos e amigos, até que surge o reino dos amores platônicos, onde tive coroa. Só depois dos dezenove anos pude disfrutar as honras dos amores correspondidos. Honras de rei, isso é verdade, pude saborear dos meus mais altos desejos, que julgara não merecer. Dispenso dizer que as batalhas vencidas me colocavam como aluno destaque da faculdade, jovem profissional promissor, “menina dos olhos” da docência. Uma situação de vantagem para alguns, bom partido para outros.
Um relato que parece ser de vitórias tristes e amargas, sem tentativas de mudança. Asseguro que narro uma história feliz, de muitos aprendizados e conquistas. Muitas vezes tentei caminhar por novas trilhas, mas não me levaram a lugar algum a não ser de volta pro meu caminho, pra minha missão.
Depois de quase um quarto de século aprendendo a levantar a cabeça para que os outros a enxergasse, aprendo a abaixá-la para poder passar. Lição dada a força por um rapaz de olhos grandes e fugidios que resolve meu caminho atravessar e me convencer em segui-lo. Mesmo aplicando-me tal encantamento, não se mostra disposto em ser seguido, obrigando-me a seguir até que se acostumasse e acolhesse seu seguidor. Eis que hoje o sigo, mesmo que tropece.

domingo, 1 de maio de 2011

casamento?

Hoje estava assistindo umas matérias na TV sobre casamento, tudo isso por conta do casamento do príncipe da Inglaterra. Lembrei que quando era criança, sonhava em casar um dia, um casamento grande, majestoso. Sempre gostei de programar grandes eventos e o meu casamento seria o grande momento. Anos depois percebi que não teria uma noiva e só hoje me dei conta de que, graças a nossa legislação, não teria casamento. É... como reagir depois do assassinato de um sonho?

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Homenagem de Larinha...



A ARTE DE AMAR

Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma.
A alma é que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação.
Não noutra alma.
Só em Deus – ou fora do mundo.

As almas são incomunicáveis.

Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.
Porque os corpos se entendem, mas as almas não.

sábado, 14 de agosto de 2010

Hoje abri a porta do peito e pedi que entrassem

Hoje abri a porta do peito e pedi que entrassem. Arranquei as fechaduras que por tanto tempo protegiam o que de melhor tenho a oferecer e, de portas abertas, encaro o receio de adentrar a este desconhecido. Lá dentro, me pareceu vazio...
"As portas continuam abertas", digo. As lágrimas escorrem dos olhos, sigo.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Eita coração que não se aquieta, que não aprende com uma única licão. Vinte e três anos se passaram e eis tu aqui a chorar.